terça-feira, 16 de novembro de 2010

A Visita de Jesus

Ruth olhou a caixa do correio e encontrou uma carta.
Apanhou-a, olhou e, antes de abrir, percebeu que o envelope não tinha selo, carimbo do correio ou nome e endereço do remetente.
Em todo caso, abriu e leu a carta.

"Querida Ruth, estarei nas imediações sábado à tarde e gostaria de parar para uma visita.
Com o amor de sempre, Jesus".

As mãos de Ruth tremiam, enquanto ela colocava a carta na mesa.
"Por que quereria o Mestre me visitar?
Não sou ninguém especial, não tenho nada para oferecer..."
Com esse pensamento, Ruth lembrou-se que a dispensa estava vazia.
"Oh, meu Deus, eu não tenho nada para oferecer. Tenho que sair e comprar algo para o jantar".
Pegou a bolsa e contou o dinheiro que tinha.
Cinco dólares e quarenta cents.
"Bem, é suficiente para comprar pão e uns frios, pelo menos".

Ela colocou o casaco nas costas e correu para a porta.
Uma baguete e meio quilo de peito de peru fatiado, um saquinho de leite... e Ruth ficou com apenas 12 centavos até a próxima segunda feira.
Mesmo assim, sentiu-se bem ao voltar para casa, carregando os alimentos que ofereceria.

"Ei, Senhora, a Senhora pode nos ajudar?"
Ruth estava tao absorta em seus planos para o jantar que nem se deu conta das duas figuras na calcada.
Um homem e uma mulher, ambos vestidos com pouco mais que trapos.

"Olhe, senhora, eu estou desempregado, a senhora sabe, e minha mulher e eu temos vivido aqui nas ruas e, bem, agora está esfriando e estamos com fome, e bem, se a senhora pudesse nos ajudar, ficaríamos agradecidos".

Ruth olhou para ambos.
Estavam sujos, cheiravam mal e francamente, ela estava certa de que poderiam conseguir trabalho se realmente o quisessem.

"Senhor, eu gostaria de ajudá-los, mas também sou uma mulher pobre.
Tudo o que tenho são alguns frios e pão, e terei uma visita importante para o jantar hoje à noite, e planejava servir essas compras para ele".
"Está certo, senhora, eu compreendo. Obrigado, de qualquer modo".
O homem passou os braços em volta dos ombros da mulher virou-se e voltou para a calçada.
À medida que os olhava partir, Ruth sentiu um enternecimento familiar no coração.

"Senhor, espere!"
O casal parou e voltou-se, enquanto ela corria em direção a eles.
"Olhe, por que vocês não ficam com essa comida?
Eu arranjarei alguma coisa diferente para servir ao meu convidado."
Ela estendeu ao homem a sacola com as compras.
"Obrigado, senhora, muito obrigado".
"Sim, muito obrigada!" - era a mulher do desempregado, e Ruth pode ver que ela tremia de frio.
"Sabe, eu tenho outro casaco em casa. Por que você não fica com este aqui?"
Ruth tirou a jaqueta e colocou sobre os ombros da mulher.
E, sorrindo, voltou para a rua, a caminho de casa, sem o casaco e sem a comida para servir ao convidado.
"Obrigado senhora, muito obrigado"...

Ruth estava gelada quando chegou na porta da frente, e preocupada também. 
O Senhor estaria vindo para uma visita e ela não tinha nada para oferecer a ele.
Ela enfiou a mão na bolsa para apanhar a chave da porta.
Nesse momento, percebeu que havia outro envelope na caixa do correio.
"Que estranho. O carteiro não passa normalmente duas vezes no mesmo dia"...
Ela pegou o envelope na caixa do correio e o abriu.

"Querida Ruth, foi tão bom ver você outra vez.
Obrigado pela refeição deliciosa.
E obrigado também pelo bonito casaco.
Com o amor de sempre, Jesus"

O ar ainda estava frio, mas mesmo sem o casaco, Ruth não percebeu mais.

(autor desconhecido - enviado por e-mail pelo meu querido cunhado Thiago Vilanova)

Ps.: Imagino que dispensa comentários... mesmo porque já sabemos que é ajudando ao próximo que nos aproximamos de Deus!!!