terça-feira, 13 de abril de 2010

Filhos de políticos nas escolas públicas


Como melhorar a educação? Obrigando presidente, governadores, prefeitos e parlamentares a testar o ensino público - com suas próprias crianças

Cristovam Buarque*
Revista Superinteressante - 04/2010


Quanto custa estudar no Brasil? Depende. Se você estiver entre os 20% mais ricos da população, vai chegar ao fim de 20 anos de colégio e faculdade com uma formação de aproximadamente R$ 250 mil. Isso significa cerca de R$ 1 mil por mês. Nessa conta entram o dinheiro que você tira do próprio bolso para pagar as mensalidades e a contribuição que o governo faz (com investimento em universidades estatais e deduções de imposto). Agora, se você fizer parte dos outros 80%, sua educação receberá um investimento bem menor: o equivalente a R$ 116 por mês. Esse é o total gasto pelo país por aluno para manter as escolas públicas, onde não se passa muito tempo. Em média, essa parte da população completa só 5 anos de estudo formal, geralmente entre os 7 e os 11 anos de idade.

Ou seja: enquanto ricos estudam em escolas de qualidade por um longo tempo, o resto estuda por pouco tempo em escolas ruins. Como senador, tenho um projeto que pretende amenizar essa desigualdade. Minha proposta é a de que políticos eleitos - vereadores, prefeitos, deputados, senadores e o presidente - fiquem obrigados a matricular seus filhos em escolas públicas. Caso contrário, perderão seu mandato. O projeto já foi apresentado e agora espera avaliação do Senado e da Câmara.

No Brasil do passado, só classes com influência tinham vaga nas boas escolas públicas. Filhos de pobres não estudavam, ou frequentavam colégios particulares mantidos pela Igreja Católica, como seminários. Hoje filhos de eleitos estão entre os 20% mais ricos, em geral. E vão a colégios particulares.

Em lugares como Reino Unido e Cingapura, políticos nem pensam em colocar os filhos em escolas particulares. Os eleitores não aceitariam essa escolha, porque ela significaria ignorar a boa qualidade das escolas públicas de lá. Se um político é descoberto matriculando o filho no ensino privado, acaba nos jornais. Tem de se desculpar publicamente e transferir a criança para uma instituição pública.

Se políticos brasileiros tiverem de matricular os filhos em escolas públicas, elas receberão mais atenção dos governantes. O resultado será um ensino de qualidade para todos. E um país mais próximo dos princípios republicanos, com uma sociedade unida, sem divisão entre aristocracia e plebe. Há quem diga que essa obrigação fere a liberdade do político. Mas todo cidadão é livre para não ser candidato. Se ele opta pela vida pública, deve assumir obrigações. Esse seria só mais um de seus compromissos com os eleitores, com a nação e com a República.

* Cristovam Buarque é professor de economia da Universidade de Brasília e senador pelo PDT/DF. Os artigos aqui publicados não representam necessariamente a opinião da SUPER.



PS.: Veja aqui, no O Globo, a confusão que isto está causando. Por que será??? Será que os políticos estão com medo que seus filhos fiquem burros??? Pq é o que eles querem que aconteça com os nossos, afinal qto mais burro melhor, isso os mantem no poder não é mesmo??? leia e se possível divulgue, no twitter, facebook, orkut, e-mail, sinal de fumaça e tudo o que for possível, vamos dar voz à nossa consciência, vamos sair da frente da novela um pouco e fazer a nossa parte na sociedade, não basta fazer o Bem pra sem bom, é preciso se manifestar contra o mal...

http://oglobo.globo.com/pais/mat/2007/12/19/327693564.asp

Chico Xavier - São Luís Gonzaga


O número de pessoas que procurava o Chico em seu emprego era cada vez maior e isso foi se tornando um problema muito grande.
José Xavier, seu irmão e companheiro de reuniões espíritas, sugeriu que as pessoas poderiam ser encaminhadas à sua sapataria, onde conversaria com elas até a hora em que Chico saísse do serviço e pudesse atendê-las.
Assim foi feito. As pessoas passaram a ser encaminhadas para a sapataria de José Xavier. Durante onze anos, José conversou com obsidiados de toda espécie. Muitos chegavam até amarrados.
Certa noite, o espírito de Emmanuel avisou o Chico de que dentro de alguns minutos iriam chamá-lo. O José não estava bem.
Quando chamaram, o Chico já se aprontara e foi para a casa do irmão.
Seus familiares logo lhe disseram:
- Chico, não se preocupe, o médico disse que o José vai voltar.
Emmanuel, então, diz ao Chico:
- O médico amigo está com a razão. O José vai voltar, mas não irá reconhecê-lo, nem a nenhum outro familiar. Consta de suas vidas cármicas que ele deve ficar onze anos num hospício.
Decorridas algumas horas, o Chico viu que vários espíritos formavam um círculo em torno da cama de José. Perguntou ao espírito de Emmanuel do que se tratava e este informou:
- Vamos pedir ao Senhor que os onze anos que o José conversou com obsidiados em sua sapataria sejam levados em consideração e ao invés de todos esses anos alienado, vamos pedir que ele desencarne já.
Mais algum tempo e chegou a resposta autorizando o desencarne.
Chico viu José sair do corpo. Era absolutamente igual ao que ficara imóvel.
Alguns meses se passaram. José apareceu ao Chico.
- Como está? Perguntou-lhe o Chico.
- Não muito bem, respondeu-lhe. Parece que meu cérebro não cabe em minha cabeça. Sinto muita tontura.
José desencarnou onze anos antes do prazo previsto, com a autorização do Plano Espiritual Superior e estava nessa condição. Imaginem os que vão para lá pelas portas do suicídio.
Mais alguns meses e o José aparece novamente nas mesmas condições.
Falou-lhe, então, o Chico.
- José, hoje é dia de São Luís Gonzaga. E o Santo virá à Terra abençoar toda instituição que tem o seu nome. Certamente vai passar em frente ao Centro Espírita Luís Gonzaga.
José para lá se dirigiu.
Quando o Santo apareceu, toda a rua ficou iluminada. Era uma luz tão intensa, que o José não conseguiu olhá-lo. Ficou de joelhos e começou a orar:
- São Luís Gonzaga, eu queria que o senhor me ajudasse a ficar bom. Só quero o meu equilíbrio para continuar conversando com absessores e obsidiados nas praças públicas, nos bares, nos cinemas, nos clubes.
José viu, então, uma mão como se fosse feita de luz que lhe deu um lírio com um perfume indescritível. Ele aspirou a flor, que desapareceu, penetrando-lhe o nariz.
Quando o Santo acabou de passar, continuando a sua jornada de luz, José estava completamente em seu equilíbrio.

(Do Livro: Chico de Francisco - Adelino da Silveira)

Chico Xavier - A Pulga



Certa vez uma senhora lhe disse:
- Chico, já descobri o que fui nos tempos apostólicos. E antes que ele pudesse dizer alguma coisa, acrescentou:
- Fui mártir. Morri na arena devorada por um leão.
E você Chico, já sabe quem foi?
-Ah! Minha irmã, eu fui a pulga do leão!


(Do Livro: Chico de Francisco - Adelino da Silveira)

Chico Xavier - Dívida e Resgate


Uma das cunhadas de Chico teve um filho anormal. Braços e pernas atrofiados. Os olhos, cobertos por uma espessa névoa, mantinham-no mergulhado na mais completa escuridão. Inspirava medo às pessoas que o viam. Era tão deformado que a mãe ao vê-lo teve um choque e foi internada num hospital de doentes mentais.
O Chico ficou com o sobrinho.
Cuidar dele não era fácil. Medicá-lo, banhá-lo e aplicar-lhe um clister diariamente. O menino não deglutia e para alimentá-lo, o Chico tinha que formar uma pequena bola com a comida, colocar em sua garganta e empurrar com o dedo.
Isto, durante doze anos aproximadamente.
Quando o sobrinho piorava, o Chico rezava muito para que ele não desencarnasse. Já que o amava como um filho.
Um dia o Espírito de Emmanuel lhe disse:
- Ele só vai desencarnar quando o pulmão começar a desenvolver e não encontrar espaço. Aí, então, qualquer resfriado pode se transformar numa pneumonia e ele partirá.
Quando estava próximo dos doze anos, foi acometido de uma forte gripe e começou a definhar.
Na hora do desencarne, seus olhos voltaram a enxergar. - Ele olhou para o Chico e procurou traduzir a sua gratidão naquele olhar.
Emmanuel, presente, explicou:
- Graças a Deus. É a primeira vez, depois de cento e cinquenta anos, que seus olhos se voltam para a Luz. As suas dívidas do passado foram liquidadas.
Louvado seja Deus.


(Do Livro: Chico de Francisco - Adelino da Silveira)