segunda-feira, 3 de maio de 2010

Deus Existe?


Enquanto o barbeiro aparava seus cabelos, Pedro conversava e, entre outros assuntos, falava de Deus e suas obras. Até que o barbeiro incrédulo e impaciente disse:
- Deixa disso, meu amigo, Deus não existe.
- Por quê? indagou Pedro.
- Se Deus existisse, não haveria tantos doentes, pobreza, miséria e guerras neste mundo.
Olhe em sua volta e veja quanta tristeza. Basta andar pelas ruas e enxergar.
Calado, Pedro pagou o corte e foi saindo, quando avistou na calçada um maltrapilho com longos cabelos, barba desgrenhada e suja, abaixo do pescoço.
Deu meia-volta, e interpelou o barbeiro:
- Sabe, não acredito em barbeiros.
- Como assim? Perguntou o barbeiro.
- Se existissem barbeiros, não haveria pessoas com cabelos e barbas compridas.
- Ora, meu amigo, essas pessoas não vão ao barbeiro porque não querem e eu não tenho culpa. Todas que vêm aqui eu atendo prontamente.
Pedro então retrucou:
- Ah... Agora entendo por que você não acredita em Deus.



"Em geral, as pessoas só procuram Deus quando a necessidade aperta e a dor do sofrimento torna-se insuportável."


(do Livro: Parábolas Eternas)

O Lenhador e a Raposa


Um Lenhador acordava às 6 da manhã e trabalhava o dia inteiro cortando lenha, só parando tarde da noite. Ele tinha um filho lindo de poucos meses e uma raposa, sua amiga, tratada como bicho de estimação e de sua total confiança.
Todos os dias o lenhador ia trabalhar e deixava a raposa cuidando do bebê. Ao anoitecer, a raposa ficava feliz com sua chegada.

Os vizinhos do lenhador alertavam que a raposa era um bicho, um animal selvagem e, portanto, não era um animal confiável, e, quando sentisse fome, comeria a criança. O lenhador dizia que isso era uma grande bobagem, pois a raposa era sua amiga e jamais faria isso. Os vizinhos insistiam:
- Lenhador, abra os olhos! A raposa vai comer seu filho. Quando ela sentir fome vai comer seu filho!
Um dia o lenhador, exausto do trabalho e cansado desses comentários, chegou em casa e viu a raposa sorrindo como sempre, com sua boca totalmente ensanguentada. O lenhador suou frio e, sem pensar duas vezes, acertou o machado na cabeça da raposa. Desesperado, entrou correndo no quarto. Encontrou seu filho no berço, dormindo tranquilamente; e, ao lado do berço, uma cobra morta.

"Controlar nossos impulsos assegura serenidade e razão às nossas deceisões"

(Do livro: Parábolas Eternas)