terça-feira, 8 de junho de 2010

As Visitas de Chico Xavier



O mais bonito, não eram apenas as visitas que o Chico fazia com os grupos, mas aquelas anónimas que ele realizava pela madrugada, quando saía sozinho para levar seu conforto moral à famílias doentes, a pessoas moribundas, às vezes acompanhado por um amigo para assessorá-lo, ajudá-lo, pois já portava alguns problemas de saúde, mas sem que ninguém o soubesse.

Ali estava a maior antena paranormal da humanidade nos últimos séculos, apagando este potencial para chorar com um família que tinha fome.

Ele contou-me que tinha o hábito, em Pedro Leopoldo, de visitar pessoas que ficavam embaixo de uma velha ponte numa estrada abandonada, e que ruíra.
Iam ele, sua irmã Luiza e mais duas ou três pessoas muito pobres de sua comunidade.

À medida que eles aumentavam a frequência de visitas, os necessitados foram se avolumando, e mal conseguiam víveres para o grupo, pois que os seus salários eram insuficientes, e todos eram pessoas de escassos recursos.

O esposo de Luíza, que era fiscal da prefeitura, recolhia, quando nas feiras-livres havia excedente, legumes e outros alimentos, e que eram doados para distribuir anonimamente, nos sábados, à noite, aos necessitados da ponte.

Houve, porém, um dia em que ele, Luíza e suas auxiliares não tinham absolutamente nada;
decidiu-se então, não irem, pois aquela gente estava com fome e nada teriam para oferecer.

Eles também estavam vivendo com extremas dificuldades.
Foi quando apareceu-lhe o espírito do Dr. Bezerra de Menezes, que sugeriu colocassem algumas bilhas com água, que ele iriam magnetizá-las para ser distribuída, havendo, ao menos, alguma coisa para dar.

Ele assim o fez, e o benfeitor, utilizando-se do seu ectoplasma bem como o das demais pessoas presentes, fluidificou o líquido.
Esse adquiriu um suave perfume, e então o Chico tomou as moringas e, com suas amigas, após a reunião convencional do sábado, dirigiram-se à ponte.

Quando lá chegaram encontraram umas 200 pessoas, entre crianças, adultos, enfermos em geral, pessoas com graves problemas espirituais, necessitados.

"Lá vem o Chico, dona Luíza" - gritaram e ele, constrangido e angustiado, por ter levado apenas água (o povo nem sabia o que seria água magnetizada, fluidificada), pretendeu explicar a ocorrência.

Levantou-se e falou:
- "Meus irmãos, hoje nós não temos nada" - e narrou a dificuldade.
As pessoas ficaram logo ofendidas, tomando atitudes de desrespeito, e ele começou a chorar.
Neste momento, uma das assistidas levantou-se e disse:
" - Alto lá! Este homem e estas mulheres vêm sempre aqui nos ajudar, e hoje, que eles não têm nada para nos dar, cabe-nos dar-lhes alguma coisa.
Vamos dar-lhes a nossa alegria, vamos cantar, vamos agradecer a Deus."

Enquanto ela estava dizendo isso, apareceu um caminhão carregado, e alguém, lá de dentro, interrogou:
- "quem é Chico Xavier?"

Quando ele atendeu, o motorista perguntou se ele se lembrava de um certo Dr Fulano de Tal?
Chico recordava-se de um certo senhor de grandes posses materiais que vivia em São Paulo, que um ano antes estivera em Pedro Leopoldo, e lhe contara o drama de que era objecto.

Seu filho querido desencarnara, ele e a esposa estavam desesperados - ainda não havia o denominado Correio de Luz, eram comunicações mais esporádicas - e Chico compadeceu-se muito da angústia do casal.

Durante a reunião, o filhinho veio trazido pelo Dr. Bezerra de Menezes e escreveu uma consoladora mensagem.

Então o cavalheiro disse-lhe:
"- Um dia, Chico, eu hei de retribuir-lhe de alguma forma.
Mas como é que meu filho deu esta comunicação?"
Chico explicou-lhe:
" - É natural esse fenómeno, graças ao venerando Espírito Dr. Bezerra de Menezes, que trouxe o jovem desencarnado para este fim", e deu-lhe uma ideia muito rápida do que eram as comunicações mediúnicas.

O casal ficou muito grato ao Dr. Bezerra de Menezes, e repetiu que um dia haveria de retribuir a graça recebida.

Foi quando o motorista lhe narrou:
- "Estou trazendo este caminhão de alimentos mandado pelo sr Fulano de Tal, que me deu o endereço do Centro onde deveria entregar a carga, mas tive um problema na estrada, e atrasei-me; quando cheguei, estava tudo fechado.

Olhei para os lados e apareceu-me um senhor de idade com barbas brancas, e perguntou o que eu desejava.

" - Estou procurando sr Chico Xavier" - respondi.
" - Pois olhe: dobre ali, vá até uma ponte caída, e diga que fui eu quem o orientou" - respondeu-me.
" - E qual o seu nome?" - indaguei, e ele respondeu " - Bezerra de Menezes"."


(Livro: Mediunidade - Divaldo Pereira Franco)

Alegria


Faça tudo com alegria.
A tudo envolva com profundo carinho.
Crie uma atmosfera plena de felicidade, concedendo estímulos novos aos irmãos de caminhada.
A alegria é exatamente contagiosa, da mesma forma que a tristeza.
Enquanto uma repercute em forma de saúde, a outra introduz enfermidade.
Alegria tem tudo a ver com a Boa Nova.
Semente, amor, realização, família, vida em abundância.
Converta cada momento seu num instante de intenso júbilo.
A Alegria é estuário de águas límpidas e só propiciará reconforto e bem estar.
Então, por que deter-se na tristeza, ainda que as provações sejam intensas?
Atravessemo-las mais rapidamente nas águas da alegria.
Estaremos mais lépidos e joviais, mais suaves as dores ficarão.
Cultive a alegria. Transmita a alegria. Produza a alegria.
O Reino de Deus é para os que se assemelham às crianças. E a criança é sinônimo de alegria.
O Reino, segundo comparou o Mestre inesquecível, é como festim de núpcias, cheio de alegria.

(Frederico Menezes-Espírito Marta - Livro "Ajuda-te e o céu te ajudará")