quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Mãe Má!!!

Um dia, quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães, eu hei de dizer-lhes:
- Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.
- Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.
- Eu os amei o suficiente para os fazer pagar as balas que tiraram do supermercado ou revistas do jornaleiro, e os fazer dizer ao dono: "Nós pegamos isto ontem e queríamos pagar".
- Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.
- Eu os amei o suficiente para os deixar ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.
- Eu os amei o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.
- Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes não, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em alguns momentos até odiaram).
- Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.
- Estou contente, venci...
- Porque no final vocês venceram também! E em qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães; quando eles lhes perguntarem se sua mãe era má, meus filhos vão lhes dizer:

- "Sim, nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo...".
- As outras crianças comiam doces no café e nós tínhamos que comer cereais, ovos, torradas.
- As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvetes no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas.
- E ela nos obrigava a jantar à mesa, bem diferente das outras mães que deixavam seus filhos comerem vendo televisão.
- Ela insistia em saber onde estávamos à toda hora (ligava no nosso celular de madrugada e "fuçava" nos nossos e-mails).
- Era quase uma prisão! Mamãe tinha que saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles.
- Insistia, que lhe disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos.
- Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela "violava as leis do trabalho infantil".
- Nós tínhamos que tirar a louça da mesa, arrumar nossas bagunças, esvaziar o lixo e fazer todo esse tipo de trabalho que achávamos cruéis.
- Eu acho que ela nem dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer.
- Ela insistia sempre conosco para que lhe disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade.
- E quando éramos adolescentes, ela conseguia até ler os nossos pensamentos.
- A nossa vida era mesmo chata! Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos; tinham que subir, bater à porta, para ela os conhecer.
- Enquanto todos podiam voltar tarde da noite com 12 anos, tivemos que esperar pelos 16 para chegar um pouco mais tarde, e aquela chata levantava para saber se a festa foi boa (só para ver como estávamos ao voltar).
- Por causa de nossa mãe, nós perdemos imensas experiências na adolescência:
- Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime.

FOI TUDO POR CAUSA DELA! Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos fazendo o nosso melhor para sermos "PAIS MAUS", como foi nossa mãe.

EU ACHO QUE ESTE É UM DOS MALES DO MUNDO DE HOJE: NÃO HÁ SUFICIENTES MÃES MÁS!
 
(autor Dr. Carlos Hecktheuer)
 
Ps.: Gosto muito desse texto, porque me faz lembrar que minha mãe e meu pai foram muito maus comigo e com minhas 2 irmãs, e eu estou seguindo o mesmo caminho, estou sendo muito má com minha filha!
Engraçado que tem gente que acha de verdade que sou uma péssima mãe, inclusive me falam isso pessoalmente, quando ficam sabendo que minha filha de 11 anos, me ajuda a limpar a casa, ela tira o lixo, e me ajuda em todos os afazeres, e de quebra ela ainda é a melhor aluna da sala dela! Será que sou tão má quanto determindas pessoas pensam que sou ou simplesmente estou educando um ser que não veio ao mundo já educado como cidadão?

Meu dia!!!


Gosto especialmente do texto "Profissão? Mãe!!!" (tem no blog), ele retrata a realidade com tanta honestidade, que fico pensando às vezes que ser mãe deveria ser uma função remunerada sabe???
Por que é tão corrido criarmos filho, cuidarmos da casa, do marido (que é também quase um filho, temos que lavar sua roupa, dizer onde estão os sapatos... rsrs).
A família precisa de uma atenção tão especial quanto um bebê, me lembro do que fiz ontem à noite, vou relatar só pra dar um exemplo de como é atarefado o dia de uma mãe, dona de casa, esposa e profissional:


- Ontem acordei 8:30h (um bom horário), trabalhei no escritório de 9:00 até 17:15h, saí, passei na academia que frequento, retirei uma senha para fazer aula de spinning, fui até em casa, troquei de roupa fiz um lanche (muito rápido, caso contrário perderia a aula), fui pra academia, fiz aula de abdominal (30 min.) e fiz a aula de spinning, saí de lá moída, parecia que tinha levado uma surra, (vale lembrar que depois de muito tempo voltei para academia esta semana, então dói até músculo que a gente nem sabe que existe...kkkk), cheguei em casa mais ou menos 20:00h, tomei banho e fui preparar o jantar pra galera, (maridão e filhota), acabei de fazer o jantar mais ou menos 21:30h, e resolvi fazer uma carne de panela para o almoço de hoje, e cozinhei os legumes e fiz um refogado de folhas para hoje também, terminei mais ou menos 22:30h o almoço de hoje, fui "passar" uma vassoura na casa, depois tirei o pó dos móveis e passei pano no chão da casa toda, tudo isso enquanto lavava as roupas e pendurava-as, e um calor de matar, e eu com as janelas fechadas, por que parecia que chovia de baixo para cima, de tanta água que vinha...rs, fui terminar minhas tarefas do dia 09/11/2010 exatamente 00:05h, (eu olhei no relógio, queria saber pq estava tão cansada...) fui tomar um banho e lavar os cabelos, sequei meus cabelos e me deitei 1h da manhã... Uffa... me cansei só de expor... isso por que não contei tudo o que fiz o dia todo no escritório, que vale lembrar que chegou produtos também e tinha tudo pra conferir e guardar...( ainda bem que maridão estava no escritório, e a parte que inclui força braçal é com ele, não carreguei nenhuma caixa, mas mesmo assim fiz todo o trabalho de todos os dias).
Será que ser mãe, esposa e profissional cansa? Acho que sim, mas é tão maravilhoso quando a filhota janta e vem me encher de beijos por que a comida estava uma delícia e ela volta e repete o prato... E o maridão chegou do futebol (toda terça tem...) e jantou 1h da manhã e veio na cama me encheu de beijos e disse que tudo estava uma delícia, inclusive a comida que seria para o almoço de hoje, que ele não resistiu...
Cuidar de outras pessoas é um exercício de desprendimento e gasta bastantes calorias...rs, mas deixa a gente meio (muito) cansada (o), no balanço final vale a pena os beijos e carinhos que pelo menos eu ganho....

Tenham um ótimo dia!

Sandra Duarte Borges

Profissão? Sou Mãe!

Uma mulher chamada Anne foi renovar a sua carteira de motorista.

Pediram-lhe para informar qual era a sua profissão.
Ela hesitou, sem saber bem como se classificar.
- O que eu pergunto é se tem um trabalho, insistiu o funcionário.
- Claro que tenho um trabalho, exclamou Anne.
- Sou mãe.
- Nós não consideramos 'mãe' um trabalho.
- Vou colocar dona de casa, disse o funcionário friamente.
Não voltei a lembrar-me desta história até o dia em que me encontrei em situação idêntica.
A pessoa que me atendeu era obviamente uma funcionária de carreira, segura, eficiente, dona de um título sonante.
- Qual é a sua ocupação? perguntou.
- Não sei o que me fez dizer isto; as palavras simplesmente saltaram-me da boca para fora:
- Sou Doutora em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas.
A funcionária fez uma pausa, a caneta de tinta permanente a apontar para o ar, e olhou-me como quem diz que não ouviu bem.
- Eu repeti pausadamente, enfatizando as palavras mais significativas.
- Então reparei, maravilhada, como ela ia escrevendo, com tinta preta, no questionário oficial.
- Posso perguntar, disse-me ela com novo interesse, o que faz exatamente?
Calmamente, sem qualquer traço de agitação na voz, ouvi-me responder:
- Desenvolvo um programa a longo prazo (qualquer mãe faz isso), em laboratório e no campo experimental
(normalmente eu teria dito dentro e fora de casa). Sou responsável por uma equipe (minha família), e já recebi quatro projetos (todas meninas).
- Trabalho em regime de dedicação exclusiva (alguma mulher discorda???), o grau de exigência é em média 14 horas por dia (para não dizer 24...).
Houve um crescente tom de respeito na voz da funcionária que acabou de preencher o formulário, se levantou, e pessoalmente me abriu a porta.
Quando cheguei em casa, com o título da minha carreira erguido, fui recebida pela minha equipe - uma com 13 anos, outra com 7 e outra com 3.
Do andar de cima, pude ouvir o meu novo experimento (uma bebê de seis meses), testando uma nova tonalidade de voz.

Senti-me triunfante!

Maternidade... que carreira gloriosa!
Assim, as avós deviam ser chamadas Doutora- Senior em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas.
As bisavós: Doutora-Executiva-Senior e as tias: Doutora-Assistente.


(autor desconhecido)
 
Gosto especialmente deste texto, ele retrata a realidade com tanta honestidade, eu fico pensando às vezes que ser mãe deveria ser uma função remunerada sabe???