segunda-feira, 12 de julho de 2010

O AMOR ...


É substância criadora e mantenedora do Universo, constituído por essênia divina.
É um tesouro que, quanto mais se divide, mais se multiplica, e se enriquece à medida que se reparte.
Mais se agiganta, na razão que mais se doa. Fixa-se com mais poder, quanto mais se irradia.
Nunca perece, porque não entibia nem se enfraquece, desde que sua força reside no ato mesmo de doar-se, de tornar-se vida.
Assim como o ar é indispensável para a existênia orgânica, o amor é o oxigênio para a alma, sem o qual a mesma se enfraquece e perde o sentido de viver.
É imbatível, porque sempre triunfa sobre todas as vicissitudes e ciladas.
Quando aparente de caráter sensualista, que busca apenas o prazer imediato, se debilita e se envenena, ou se entorpece, dando lugar à frustação.
Quando real, estruturado e maduro, que espera, estimula, renova. Não se satura, é sempre novo, ideal, harmônio, sem altibaixos emocionais.
Une as pessoas, porque reune as almas, identifica-as no prazer geral da fraternidade, alimentando o corpo e dulcificando o eu profundo.
O prazer legítimo decorre do amor pleno, gerador da felicidade, enquanto o comum é devorador de energias e de formação angustiante.
O estado de prazer difere daquele de plenitude, em razão de o primeiro ser fulgaz, enquanto o segundo é permanente, mesmo que sob a injunção de relativas aflições e problemas-desafios que podem e devem ser vencidos.
Somente o amor real consegue distingui-los e os pode unir quando se apresentem esporádicos.
A ambição, a posse, a inquietação geradora de insegurança, ciúme, incerteza, ansiedade afetiva, cobrança de carinhos e atenções - a necessidade de ser amado, caracterizam o estágio do amor infantil, obsessivo, dominador, que pensa exclusivamente em si antes que no ser amado.
A confiança, suave-doce e tranquila, a alegria natural e sem alarde, a exteriorização do bem que se pode e se deve executar, a compaixão dinâmica, a não posse, a não dependência, não exigênia, são benesses do amor pleno, pacificador, imorredouro.
Mesmo que se modifiquem os quadros existenciais, se alterem as manifestações da afetitividade do ser amado, o amor permanece libertador, confiante, indestrutível. Nunca se impõe porque é espontâneo como a própria vida e irradia-se mimetizando, contagiando de júbilos e paz... Expande-se como um perfume que impregna, agradável, suavemente, porque não é agressivo nem embriagador ou apaixonado.
O amor não se apega, não sofre a falta, mas frui sempre porque vive no íntimo do ser e não das gratificações que o amado oferece....




(Livro: Amor, Imbatível Amor - Joanna de Ângelis / Divaldo Franco)

Cedido por Maristella Bilmayer

O AMOR DEVE SER SEMPRE O PONTO DE PARTIDA DE TODAS AS ASPIRAÇÕES E A ETAPA FINAL DE TODOS OS ANELOS HUMANOS