quinta-feira, 6 de maio de 2010

O Balde


Quando menino, eu era muito inconstante e preguiçoso. Faltava-me persistência, inclusive para os estudos.
Um dia, quando eu brincava no quintal, meu avô chamou-me e mostrou-me, no chão do galpão, um grande balde cheio d'água.
Tinha na mão uma linda pera, lisa e brilhante, que, de imediato, despertou a minha cobiça. Entretanto, para minha decepção, ele não me deu o fruto, delicioso e maduro, colocou-o na água, onde ele ficou a flutuar e, então, me disse:
- Você quer essa pera, não quer? Pois ela será sua. Mas você terá de apanhá-la sem o auxílio das mãos, só com os dentes.
A pera era tentadora e eu atirei-me à tarefa, que, de início, até me pareceu divertida. Entretanto, aos poucos, fui me cansando e terminei por desistir, sem lograr o objetivo. Meu avô, porém, incitava-me a tentar novamente, a redobrar os esforços. E, ao cabo de algum tempo eu já estava com as costas doendo e alagado de suor, consegui abocanhar a fruta.
E foi com orgulho que a entreguei ao meu avô. Então ele me disse com simplicidade, sorrindo bondosamente.
- Você viu como é agradável a sensação que teve ao vencer? Se quiser ter para si os frutos bons da vida e sentir sempre essa maravilhosa emoção que faz sorrir, lembre-se sempre disto: é preciso persistir, persistir e persistir. Tome, a pera é sua, você vê que, agora, tem mesmo direito a ela.
A lição impressionou-me profundamente e hoje, toda vez que me sinto inclinado ao desânimo, lembro-me daquela experiência com a pera e atiro-me para a frente, com redobrados esforços.

(autor desconhecido por mim)

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