Repare com todos o tesouro da amizade, procurando destacar as qualidades e virtudes de todos quanto gozem de tua convivência.
O Amigo é aquele que conhece profundamente o outro; sabe de suas fraquezas e vícios, entretanto, ao invés de censurar, incentiva-o, destacando o que o outro possui de melhor, para que, incentivado, procure praticar com mais frequência as qualidades e virtudes que sabe que o outro também é portador delas.
O amigo sempre encontra disponibilidade para ajudar; diplomacia para alertar acerca dos erros; oportunidade para assistir nas desgraças; alegria para comemorar nas vitórias e sucessos; bom senso para criticar com tato; critério para orientar com discernimento; solidariedade diante das perdas.
São infindáveis os tesouros da amizade, que mesmo Jesus, frente aos soldados que acompanhavam Judas após a traição, destaca o seu valor, quando se dirige ao discípulo que prevaricava, dizendo:
- Amigo! A que vieste?
Portanto, diante das condições mais adversas ou das mais favoráveis; nos momentos de profundas tristezas ou, nos instantes de suprema felicidade; perante os intolerantes ou ao lado dos compreensivos, mostra-te capaz de ofertar o tesouro valioso da amizade, enriquecendo com este nobre sentimento a tua presente jornada terrena.
A amizade é um sentimento nobre, que desperta outros sentimentos e virtudes entre criaturas que se estimam e são amigas.
A amizade muitas vezes é o prelúdio que antecede ao amor, através da dedicação, do zelo, do desprendimento, do devotamento e da renúncia em benefício do amigo.
Quem é amigo adverte com moderação; alerta com previdência; corrige com serenidade e requisita boa conduta com compreensão, sempre visando à edificação do caráter da criatura, evitando transformar o amigo em "réu confesso", sem possibilidades de crescimento e progresso, como se uma falha ou erro não pudesse ser corrigido ou reparado.
(autor José Maria de Medeiros Souza - espírito Albino da Santa Cruz - do livro: Semanário das Reflexões)
Nenhum comentário:
Postar um comentário