quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Morre Lentamente...

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem destrói seu amor próprio, quem não se deixa ajudar.
Quem se transforma escravo do trabalho, repetindo todos os dias o mesno trajeto, quem não muda as marcas no supermercado, não arrisca vestir uma nova cor, não conversa com estranhos.
Quem evita uma grande paixão, quem prefere o "preto no branco", "os pingos nos is", a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam o brilho nos olhos, sorrisos, lágrimas e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto na busca de um sonho teoricamente impossível, quem não se permite fugir dos conselhos sensatos.
Evitemos a morte em doses suaves, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples ato de respirar.

Vivamos, então!!!

(Pablo Neruda)

Nenhum comentário:

Postar um comentário